Source text in English | Translation by Sara Marques (#15868) |
Who cast that first fateful tomato that started the La Tomatina revolution? The reality is no one knows. Maybe it was an anti-Franco rebellion, or a carnival that got out of hand. According to the most popular version of the story, during the 1945 festival of Los Gigantes (a giant paper mâché puppet parade), locals were looking to stage a brawl to get some attention. They happened upon a vegetable cart nearby and started hurling ripe tomatoes. Innocent onlookers got involved until the scene escalated into a massive melee of flying fruit. The instigators had to repay the tomato vendors, but that didn't stop the recurrence of more tomato fights—and the birth of a new tradition. Fearful of an unruly escalation, authorities enacted, relaxed, and then reinstated a series of bans in the 1950s. In 1951, locals who defied the law were imprisoned until public outcry called for their release. The most famous effrontery to the tomato bans happened in 1957 when proponents held a mock tomato funeral complete with a coffin and procession. After 1957, the local government decided to roll with the punches, set a few rules in place, and embraced the wacky tradition. Though the tomatoes take center stage, a week of festivities lead up to the final showdown. It's a celebration of Buñol's patron saints, the Virgin Mary and St. Louis Bertrand, with street parades, music, and fireworks in joyous Spanish fashion. To build up your strength for the impending brawl, an epic paella is served on the eve of the battle, showcasing an iconic Valencian dish of rice, seafood, saffron, and olive oil. Today, this unfettered festival has some measure of order. Organizers have gone so far as to cultivate a special variety of unpalatable tomatoes just for the annual event. Festivities kick off around 10 a.m. when participants race to grab a ham fixed atop a greasy pole. Onlookers hose the scramblers with water while singing and dancing in the streets. When the church bell strikes noon, trucks packed with tomatoes roll into town, while chants of "To-ma-te, to-ma-te!" reach a crescendo. Then, with the firing of a water cannon, the main event begins. That's the green light for crushing and launching tomatoes in all-out attacks against fellow participants. Long distance tomato lobbers, point-blank assassins, and medium range hook shots. Whatever your technique, by the time it's over, you will look (and feel) quite different. Nearly an hour later, tomato-soaked bombers are left to play in a sea of squishy street salsa with little left resembling a tomato to be found. A second cannon shot signals the end of the battle. | Quem atirou aquele fatídico primeiro tomate que deu início à revolução da Tomatina? A verdade é que ninguém sabe. Talvez tenha sido uma rebelião contra Franco, ou uma festa que ficou descontrolada. Segundo a versão mais conhecida da história, durante o festival de Los Gigantes (um desfile de bonecos gigantes feitos de papel machê) de 1945, os habitantes locais estavam a pensar encenar uma briga para chamar a atenção. Encontraram por acaso um carro de legumes por perto e começaram a arremessar tomates maduros. Alguns espectadores inocentes envolveram-se na cena até que esta se transformou num enorme tumulto de fruta voadora. Os instigadores tiveram de pagar o prejuízo aos vendedores de tomate, mas tal não impediu a repetição das lutas de tomate - e o surgimento de uma nova tradição. Temendo um escalada indisciplinada, as autoridades decretaram, retiraram e depois restabeleceram uma série de proibições na década de 1950. Em 1951, os habitantes locais que desafiaram a lei foram presos até a população indignada pedir a sua libertação. A afronta mais conhecida contra as proibições do tomate aconteceu em 1957, quando os seus defensores simularam um funeral ao tomate que incluiu um caixão e uma procissão. Depois de 1957, o governo local rendeu-se ás evidências, definiu algumas regras e aceitou esta tradição excêntrica. Apesar de os tomates serem a atracção principal, ocorre uma semana de festividades até ao espectáculo final. É uma celebração dos santos padroeiros de Buñol, a Virgem Maria e São Luís Beltran, com desfiles nas ruas, música e fogo-de-artifício à boa maneira espanhola. Para ganhar forças para a briga que se aproxima, é servida uma paelha épica na véspera da batalha, que dá a conhecer este prato típico valenciano de arroz, marisco, açafrão e azeite. Actualmente, este festival desenfreado tem um certo nível de ordem. Os organizadores chegaram ao ponto de cultivar uma espécie especial de tomates sem sabor exclusivamente para o evento anual. As festividades arrancam perto das 10 da manhã quando os participantes fazem uma corrida para apanhar um presunto pendurado num pau de sebo. Os espectadores molham os participantes com mangueiras enquanto cantam e dançam pelas ruas. Quando o sino da igreja toca ao meio-dia, surgem os camiões carregados de tomates, enquanto os cânticos de "To-ma-te, to-ma-te!" ecoam cada vez mais. Depois, quando o canhão de água é disparado, o evento principal começa. É o sinal verde para esmagar e atirar tomates em ataques por todos os lados contra os outros participantes. Lançadores de tomate a longa distância, assassinos a queima-roupa e tiros de fisga de médio alcance. Qualquer que seja a sua técnica, quando estiver tudo acabado, vai parecer (e sentir-se) muito diferente. Quase uma hora depois, os bombardeiros ensopados de tomate, ficam a brincar numa rua de mar de molho esmagado onde sobra pouco de alguma coisa parecida com um tomate. O final da batalha é assinalado com um segundo tiro de canhão. |